Vamos lá:
Lei, Teoria e Hipótese são termos de conceitos bem diferentes, mas geralmente confundidos como palavras de mesmo significado pelo senso comum e pelos religiosos menos atentos ao vocabulário científico.
É importante lembrar que meras opiniões não representam a "verdade" para a ciência (se é que se pode falar, de fato, de verdade na ciência. Então, entenda verdade como explicação possível). Para encontrarmos explicações fundamentadas sobre o funcionamento da natureza, precisamos seguir uma série de etapas que constituem o chamado método científico (observação, hipótese, experiência, análise, teoria). E são justamente os conceitos de teoria e hipótese que fazem parte desse método.
Mas, antes de vermos a diferença entre teoria e hipótese, precisamos definir o que é uma lei para a ciência.
"O que é uma lei?"
Uma lei é a generalização de um conjunto de observações, não tendo sido encontrada nenhuma exceção a tais observações.
Considere as leis do movimento de Newton: a terceira delas, conhecida como Lei da Ação e Reação, diz que para uma força aplicada por um corpo A sobre um corpo B, é aplicada pelo corpo B sobre o corpo A uma força de mesma intensidade, mesma direção e em sentido oposto.
Isso explica o que ocorre (a interação entre corpos que aplicam forças entre si), mas não descreve como/por que acontece uma força de reação para toda força de ação.
Qual a diferença entre teoria e hipótese?
As #hipóteses são conjecturas, especulações, previsões sobre determinado fenômeno da natureza e como ele se comporta. Hipóteses devem ser testadas, o que normalmente é realizado por meio de experiências.
As #hipóteses são conjecturas, especulações, previsões sobre determinado fenômeno da natureza e como ele se comporta. Hipóteses devem ser testadas, o que normalmente é realizado por meio de experiências.
As #teorias são explicações bem fundamentadas para descrever eventos que ocorrem na natureza. Envolvem hipóteses já testadas exaustivamente, fatos e leis.
Uma teoria pode soar como uma explicação definitiva, mas pode vir a ser derrubada com o passar dos anos.
Como sou de filosofia, vou falar da minha área: Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) defendia a teoria da geração espontânea (abiogênese), baseando seus estudos em ideias já aceitas como verdade por outros pensadores. A teoria da geração espontânea consistia em explicar o surgimento de vida a partir de matéria inanimada, sem a necessidade de um meio reprodutivo. Seria como se larvas fossem geradas a partir da carcaça de um animal morto ou ratos surgissem de uma toalha úmida deixada com restos de alimentos em um quarto escuro.
Hoje, isso não faz sentido para nós. Mas, por muito tempo, essa foi a teoria dominante.
Séculos depois, cientistas que desconfiavam da teoria da geração espontânea formularam a hipótese de que os seres vivos se formam a partir de outros seres vivos (biogênese). Por meio de experimentos, ficou provado que os seres vivos não surgem aleatoriamente e precisam se reproduzir para dar origem a outros seres vivos.
Com os trabalhos e descobertas de diversos cientistas, a hipótese da biogênese foi elevada a teoria, pois foi demonstrada como correta e derrubou a teoria da geração espontânea.
E então, ficou clara a diferença entre teoria e hipótese?
Dizer que a evolução é uma teoria significa dizer que não há comprovação sequer suficiente para que ela seja refutada. Se a fé no Deus criador é madura, a evolução não a inválida, uma vez que a fé afirma que Deus é o único Criador dos seres visíveis e invisíveis, mas não determina "como" Ele o fez.
O livro do Gênesis precisa ser lido no seu contexto histórico, teológico e de composição... Ou não será nunca lido de verdade!
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