"em qualquer sociedade, o corpo está preso no interior de poderes muito apertados, que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações” (#FOUCAULT)
O corpo é um lugar de existência, de re-existência e de fala; é uma realidade política e artística na produção de si mesmo. Todo mundo passa por uma opressão natural (ou naturalizada e comunizada pela sua frequente repetição, nunca saberei, ou será que sei?!) da sociedade com relação aos corpos, principalmente os corpos estranhos à sociedade, o corpo do Outro (pobre, negro, indígena, mulher, homossexual, doente, velho, ...) já nasce oprimido, por causa do padrão estético imposto. A opressão matou e ainda mata muitos Pedrinhos por dentro, nas oportunidades sociais e, infelizmente, na prática real e concreta do homicídio. No clipe, o ato de se desnudar é também uma ação de se enxergar, de enxergar o Outro. O céu funciona como um espaço lúdico e onírico, uma metáfora do lugar do real, onde os atos de destampar os olhos, retirar as roupas, apertar as mãos, tocar o Outro, são ações de tatear os corpos ali presentes, libertar-se de qualquer amarra, é sobre sentir-se enfim livre para ser e fazer-se, para tornar-se quem se é!
#filosofia #arte #letras
#pensandoalto
Música: #Pedrinho
Artista: Tulipa Ruiz
Álbum: Tu
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